quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma Vida Sem Volta [Fic Original by: Mayuaru Rinkashi Schneider]

Capítulo 15

Só escutei o barulho de um nariz se quebrando. Aaron estava no shopping sem que eu percebera e escutou quando Alex disse aquilo e lhe deu um belo soco, o qual eu vi e desmaiei. Acordo em casa, no meu quarto, lembro-me de tudo e começo a chorar:

- Como posso ser tão trouxa? Eu também pensava que Lucas me amava e quando vejo era só por causa dos sacerdotes que ele ficava andando comigo. Agora foi Alex, que chegou a me dar um beijo e um anel e agora me diz que não me amava, sou uma fracassada.

Aaron me abraça e diz baixinho no meu ouvido:

- Você não é uma fracassada, você é linda, magnífica, especial e única. – ele se levanta e mostra sua orelha – está vendo atrás dela? Tem uma letra “L” de Lúcifer, é a marca do traidor, seu pai também tinha, se reparar, você também tem. Do mesmo modo que você e meu irmão têm a marca da estrela, a qual me foi retirada por traição, eu e você temos a marca da traição. Veja só que ironismo, retiraram-me a marca idêntica ao do meu irmão e me deram uma marca idêntica a sua, é como se meu irmão fosse especial e você fosse uma traição, e sinceramente, prefiro a traição do que a especialidade. – ele se aproximou de mim e me deu um beijo, no rosto.

O telefone tocou logo em seguida, era do hospital dizendo que minha avó havia sido atropelada e que encontraram o telefone de casa, corri até o hospital com Aaron, mas quando chegamos, já era tarde demais, ela já havia sido levada para outra dimensão. Cai em prantos, esse era meu pior dia, fiquei sem amigos, sem minha avó, o que seria de mim?

Após seu enterro, onde todos foram só para dar seus pêsames a mim, Aaron disse que eu poderia ir para Atlantis, que ele me levaria, então vendi a casa, deixei a escola, peguei meus pertences e Aaron me levou a uma cidade que tinha praia. Sempre tive vontade de conhecer o mar, naquela cidade não havia praia e nas minhas férias sempre viajávamos para outras cidades sem praia. Então quando chegamos, não fomos para um hotel, nem pousada, fomos direto para o mar, literalmente.

Deixe-me explicar, quando quis dizer literalmente para o mar, quis dizer que Aaron abriu o mar e fomos andando até o mais fundo possível, enquanto andávamos, o caminho por onde já havíamos passado ia se fechando logo atrás – o que me fez apressar os passos, já que dava a impressão de que o mar tava querendo me engolir - , quando chegamos em frente a uma caverna, o mar inteiro fechou-se e entramos, era estranho, mas a água não entrava na caverna é como se tivesse uma barreira.

Ao passarmos pela caverna, que surpresa eu tive! Uma cidade inteirinha embaixo do mar, intacta, o que me fez indagar:

- Atlantis não havia sido destruída?

- Havia, mas os céus a reconstruíram, só que sem seus habitantes pecadores.

- Quer dizer que os que eram puros estão vivos? – surpreendi-me.

- Sim, e seus filhos e netos também.

Nenhum comentário: