Capítulo 10
Quando percebemos já era de noite e minha avó me chamou para jantar: era strogonoff de carne, meu favorito – e pelo grito de alegria de Aaron, deveria ser o dele também –. Mandei que ele se calasse e desci para buscar o prato – na verdade, dois pratos:
- Pra quê dois pratos Mayu?
- É que eu tô com muita fome e como vou comer lá em cima, não tô a fim de subir e descer toda hora né.
- Hmm... tá, tudo bem. Como eu já comi vou me deitar, não esquece que a louça é sua!
- Ok vovó, boa noite – e subi com os pratos.
Comemos e Aaron foi quem lavou a louça. Emprestei um pijama que um dia fora do meu pai, afinal ele não ia dormir de calça jeans e blusa. Incrível como as roupas do meu pai caíam tão bem nele, comecei a me lembrar dele e Aaron percebeu, pois perguntou:
- Não tem problema eu usar? Afinal era do seu pai, e pelo que parece ele...
- Morreu, mas tudo bem, já passou. Tenho minha avó e meus amigos, tudo isso ajuda bastante, pode usar cai como uma luva em você.
De repente ele mudou totalmente de assunto:
- Você acha ruim ser imortal?
- Acho, pois não sinto emoção alguma.
- Como assim? Você não sente tristeza, afeto, ódio... amor?
- Sinto, mas é como se minha vida não tivesse emoção, afinal nunca vou estar arriscando-a, não tem adrenalina, nem frio na barriga, é como se eu fosse um robô destemido.
- Mas então é bom ser imortal, não acha? Pense bem, fazer tudo o que quiser sem ter medo de nada, e continuar a ter os seus próprios sentimentos, não é uma dádiva?
- Talvez, mas um dia meus amigos envelhecerão e eu ficarei para trás.
- Você fará novos amigos a cada século, pense assim, conhecendo pessoas novas sem nunca parar. Olhe meu exemplo: se eu não fosse imortal, não teria conhecido você.
- Tsc! Seria um desperdício não me conhecer! – disse sarcástica.
- E como... – ele não foi sarcástico.
- Pra quê dois pratos Mayu?
- É que eu tô com muita fome e como vou comer lá em cima, não tô a fim de subir e descer toda hora né.
- Hmm... tá, tudo bem. Como eu já comi vou me deitar, não esquece que a louça é sua!
- Ok vovó, boa noite – e subi com os pratos.
Comemos e Aaron foi quem lavou a louça. Emprestei um pijama que um dia fora do meu pai, afinal ele não ia dormir de calça jeans e blusa. Incrível como as roupas do meu pai caíam tão bem nele, comecei a me lembrar dele e Aaron percebeu, pois perguntou:
- Não tem problema eu usar? Afinal era do seu pai, e pelo que parece ele...
- Morreu, mas tudo bem, já passou. Tenho minha avó e meus amigos, tudo isso ajuda bastante, pode usar cai como uma luva em você.
De repente ele mudou totalmente de assunto:
- Você acha ruim ser imortal?
- Acho, pois não sinto emoção alguma.
- Como assim? Você não sente tristeza, afeto, ódio... amor?
- Sinto, mas é como se minha vida não tivesse emoção, afinal nunca vou estar arriscando-a, não tem adrenalina, nem frio na barriga, é como se eu fosse um robô destemido.
- Mas então é bom ser imortal, não acha? Pense bem, fazer tudo o que quiser sem ter medo de nada, e continuar a ter os seus próprios sentimentos, não é uma dádiva?
- Talvez, mas um dia meus amigos envelhecerão e eu ficarei para trás.
- Você fará novos amigos a cada século, pense assim, conhecendo pessoas novas sem nunca parar. Olhe meu exemplo: se eu não fosse imortal, não teria conhecido você.
- Tsc! Seria um desperdício não me conhecer! – disse sarcástica.
- E como... – ele não foi sarcástico.
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