quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SÓ MINEIRO LÊ

O caboquim cordô cêdo, ispriguíçô, lavô as mão na gamela, limpô uzói, sinxugô, tomô café, pegô a inxada, sivirô pra muié i falô:

- Muiééé, tô inoprotrabaio.
Quano q'êle saiu da casa, ao invêiz dií prá roça, ele subiu num pé di manga i ficô iscundidim. De repente, pareceu um negão, e foi inté upé di manga i nem si percebeu
q'o caboquim tava lá inrriba. Pegô u'a manga... chupô, pegôta, i mais ôta... , i a muié du caboquim chegô na janela e gritô:
- Póvim, ele já foi!
I o negão largô as manga i sinfurnô dendacasa du caboquim. O caboquim, danado de ráiva, desceu da árvre, pegô um facão e intrô na casa. Quandele abriu a porta
ele viu o negão chupano os peito da muié, intonsi levantô u facão e falô:
- Vai morrêêêêê negão!!!
E num é cunegão puxô um 38 da cintura, i pontô pro caboquim falano:
- Pruquê qui eu vômorrê?
E o cabuquim:

- Uai cê chupô trêis manga e agora tá mamando leite. Assim vai morrê, pruquê manga cum leite faiz mar, uai!!!

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