sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Consciência Política*

Agora que o Brasil – e o mundo – passou (passou?) por um grave momento de sua história, não vai dar pra escapar do papo das próximas eleições. Daqui pra frente vai ser um tal de discutir a tal da “performance dos candidatos” até ninguém agüentar mais. O pior é que essas discussões são, em sua maioria, motivadas pelos aspectos mais mesquinhos: o tipo físico dos candidatos, seu jeito de falar, seus gestos, sua esposa ou seu esposo pros casados, e a namorada ou namorado pros solteiros. E, mais do que tudo, qual dos candidatos consegue sujar mais a barra dos outros mantendo a própria livre dos detritos que eles lhe atirarão. A essa parada pra lá de embaçada, os políticos chamam campanha. Eu chamo de abobrinha.

E aí o que fazer? A galera, muitas vezes, prefere arreliar, e – confesso – eu também. Só que não dá pra empurrar com a barriga uma coisa tão importante. Afinal, trata-se da nossa vida, da forma como vamos viver os próximos quatro anos.

Não é porque tem muita ameba na política que a gente vai ser igual. E só depende de querermos mudar que as coisas mudam. Basta que tomemos posição e assumamos nosso papel. Todas as vezes que agimos assim, rejeitando as asneiras que os políticos e a mídia queriam nos enfiar goela abaixo, as coisas mudaram. É só lembrar do impeachment daquela Presidente abusado.

Estamos falando de consciência política. Sem ela somos explorados pelos espertinhos de plantão que usam a máquina da democracia apenas em benefício próprio. Por isso é tão importante que desenvolvamos em nós mesmos e em nossa comunidade as atitudes que determinarão o nosso engajamento político.

Se até entre o povo de Deus há oliveiras e espinheiros, quanto mais na sociedade pervertida e corrupta em que vivemos. E não basta alguém se autoproclamar honesto para merecer nossa confiança. Tem de fazer por onde; demonstrar por meio de sua vida os princípios que norteiam sua conduta. Até porque o que não falta em época de eleição é lobo em pele de cordeiro. Rsrs

Consciência política é muito mais do que julgar um candidato. É estabelecer um ideário; isto é, um conjunto de alvos que serão perseguidos por nós em nossa militância, para as mudanças que julgamos importantes. Não dá mais pra ficar alienado do mundo, temos de lembrar que as conseqüências medonhas de todas as lambanças que os maus políticos de hoje estão fazendo por causa de nossa alienação não virão no tempo deles, mas no nosso futuro, quando essa galera que hoje não está nem aí pra nada terá de viver num mundo destroçado pela sua irresponsabilidade. E aí, como é que fica?

*adaptado de Cleber Nadalutti

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